
Vem aí uma geração de superpoupadores
Estamos prestes a ver se desenvolver uma geração de superpoupadores.
Talvez eu tenha escolhido a educação financeira por causa do impacto emocional do Plano Collor na minha infância, quem sabe? O que posso afirmar é que certamente a minha experiência com a hiper inflação moldou minha forma de lidar com o dinheiro.
Nossos filhos podem estar passando pelo mesmo tipo de impacto que eu, ou você, vivemos naquela época.
Explicando melhor: mesmo que a crise acabe amanhã, nossos filhos já sofreram alterações nas suas crenças financeiras. As crenças são as responsáveis por moldar nosso comportamento presente e futuro e nossos filhos já observaram e já sentiram algumas mudanças que estão ocorrendo por causa do coronavírus e suas implicações no nosso bolso.
Esse tipo de experiência favorece a formação de uma geração de superpoupadores.
Os superpoupadores costumam ser cuidadosos com o uso do dinheiro e evitam correr riscos nos seus investimentos. Querem segurança e abominam passar por imprevistos que lhe tirem a estabilidade financeira (justamente os pontos em que a imensa maioria das famílias têm sentido na pele).
Mesmo crianças pequenas, sem a capacidade ainda de entender a complexidade do momento, entendem que algo mudou em relação às finanças. E eventuais sensações de insegurança financeira estarão gravadas na sua mente como algo a se evitar para sempre.
Grandes crises e choques econômicos foram capazes de mudar o comportamento dos consumidores e investidores pelo mundo todo. O impacto geracional já foi criado – podemos ter uma geração mais robusta financeiramente, apesar de mais conservadora, e isso, na minha opinião, não é necessariamente ruim.
Se você quer mais informações sobre esse tema, indico a leitura do livro de Morgan Housel, “The Psychology of Money”.
Um beijo e vejo você no próximo conteúdo sobre educação financeira infantil. Até mais!
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