
Sobre darmos valor ao que realmente importa.
Um dia, meu amigo, inconformado com a falta de valorização do seu esforço e dinheiro pelos filhos, decidiu que ambos, de 12 e 15 anos, passariam o final de semana na casa do caseiro de uma das suas fazendas.
O objetivo era mostrar aos filhos como eles tinham tudo do bom e do melhor em casa, ao contrário de outros, onde o dinheiro é um recurso limitado e destinado principalmente para a alimentação.
O final de semana passava e o pai já antevia, satisfeito consigo mesmo, o resultado do seu feito: filhos voltando agradecidos pelos quartos bonitos, pelas viagens feitas, pela boa escola que estudavam, pelas roupas de marca.
Assim que os filhos chegaram em casa, após o final de semana fora, meu amigo pediu-lhes, antes mesmo que fossem para o banho, que contassem como foram os dias em uma realidade tão diferente da qual estavam acostumados a viver.
E eles começaram a dizer: “Pai, lá eles realizam todas as refeições juntos com alimentos colhidos ali mesmo e por eles, andam a cavalo por trilhas, caminham por onde existem árvores com centenas de anos, levam comida para os animais e ainda, tem uma cachoeira onde podem entrar quando está calor. Quase toda noite eles se reúnem para cantar ao som da viola. Em outros dias, eles jogam futebol de botão e ainda contam histórias das coisas que acontecem por ali, com as pessoas e com os animais. É uma vida muito mais divertida!…”
E por fim, o pai, perplexo, recebeu um abraço do filho mais novo, que finalizou”: Obrigado pai, por me mostrar que a felicidade não está nos bens materiais e sim na convivência com a família!”