
Por que as mulheres negam o valor do dinheiro?
Dinheiro é poder. E poder não costuma ser apresentado necessariamente como a uma característica feminina. Você pode me dizer que isso é reflexo da nossa sociedade machista, mas não somos nós que formamos parte da sociedade?
Quando incentivamos nossas filhas a serem boazinhas, a serem delicadas, prestativas, a cuidar dos outros, a serem “femininas”, estamos ensinando-as a priorizar as necessidades alheias. Quando as orientamos para que tenham cuidado antes de dar suas opiniões por medo de magoar os outros, quando as ensinamos a serem solícitas, modestas e cuidadosas, estamos incentivando-as a evitarem riscos e a não se posicionar de forma assertiva.
E é impossível não replicarmos nosso jeito de ser para todos os outros aspectos da nossa vida, inclusive o financeiro.
Entender que dinheiro significa poder nos transforma em mulheres poderosas, e ser uma mulher poderosa significa que somos capazes de comandar nossa própria vida, de tomar decisões baseadas em fatos, de jogar a “regra do jogo”, de colocar o nosso interesse em primeiro lugar, de sabermos nos posicionar com firmeza. Ser uma mulher poderosa é saber agir dessa forma (e de muitas outras consideradas “atitudes masculinas”) sem que seja preciso abrir mão das nossas características femininas.
Mulheres poderosas já superaram a ideia errônea de que falar de dinheiro é grosseiro e inconveniente. Elas aceitam o espaço que ele ocupa na nossa vida e já entenderam que, se não aprenderem como o mundo das finanças funciona, ficarão amarradas para sempre em uma vida que não desejam ou que poderia ser melhor. Mulheres que não sabem o valor do dinheiro ficam presas a um trabalho que não realiza, a uma rotina que não motiva, a um casamento que não satisfaz.
Somos capazes de muitas coisas, inclusive de cuidar do nosso próprio dinheiro. Não neguemos nossa força.
Carol Stange