
Como fazer investimentos para os filhos?
Se pensarmos na chegada da maioridade como a transição simbólica dos nossos filhos para a vida adulta, nós temos 18 anos a partir do nascimento deles para construirmos um futuro financeiro mais tranquilo que permita-os realizar sonhos como um adquirir um imóvel, estudar fora, comprar um carro ou mesmo, ter uma reserva financeira. Eu sei. Dezoito anos parece muito tempo, mas quanto antes os investimentos forem feitos, mais cedo esse dinheiro começa a contar com a ajudinha do tempo ( #juroscompostos 😉).
Mas eu gostaria de chamar sua atenção para um ponto muito importante. Antes de sair contratando uma previdência privada para seu filh@ (um dos investimentos mais comuns para essa finalidade), é preciso colocar ordem nas PRÓPRIAS CONTAS.
Organização (saber quanto ganha e quanto gasta), controles (metas), definição de prioridades… o ideal é só investir para o futuro do filho depois de conhecer o momento presente das finanças familiares. É esse mapeamento que dará as respostas essenciais para o sucesso do plano, pois você conhecerá seus números e poderá planejar as aplicações: a REGULARIDADE dos aportes é um dos fatores chave para qualquer investimento dar certo.
Para que você consiga investir com disciplina, deixo a sugestão de primeiro separar o percentual a ser investido e depois, gastar o valor que sobrar. Isso é o que nós, educadores financeiros, chamamos de “se pagar primeiro”. Se você gastar primeiro e guardar o que sobrar, provavelmente nunca sobrará nada.
Para aqueles que têm um pouquinho mais de dificuldade, uma boa ideia é contratar investimentos com aportes mensais automáticos. Eles funcionam como uma despesa fixa, mas como toda comodidade tem um preço, pesquise quanto essa facilidade custa. Um consultor financeiro independente pode auxiliar você sem que haja conflitos de interesse na orientação sobre investimentos, pois como ele não está vinculado a nenhuma instituição financeira ou banco, não tem metas para cumprir ou comissões para receber.
Agora, falando de produtos bacanas para o futuro do seu filho, é preciso considerar investimentos para o LONGO PRAZO. Não faz sentido você contratar um fundo renda fixa ou uma previdência privada conservadora nesse caso. Concorda que podemos usar o tempo a nosso favor escolhendo produtos um pouco mais arrojados? Além disso, o objetivo final é ter mais do que apenas uma rentabilidade que mantenha o poder de compra do valor investido, certo?
Priorize bons produtos financeiros para o longo prazo, cuide com as taxas cobradas e por fim, envolva seu filho no processo para que ele acompanhe a evolução do dinheiro e vivencie os esforços para que o plano seja cumprido, sejam eles esforços financeiros ou comportamentais (gastar é sempre mais fácil do que poupar, certo?).
Finalizo lembrando você de que, se esse dinheiro em si pode ser considerado uma herança (ou um presente), o aprendizado que você proporcionará durante todo o processo, sem dúvidas, é um legado.
Isso é pura educação financeira infantil na prática.
Um beijo e até o próximo conteúdo. Até mais!
#comoenriquecerseufilho por Carol Stange