
Afinal, pra que falar de Educação Financeira para crianças?
Eu sei que a primeira coisa que costuma passar pela cabeça das pessoas, ao ouvir falar sobre educação financeira para crianças, é sobre conceitos matemáticos. Claro que falar sobre números é uma parte importante de todo o processo, mas uma boa educação financeira vai muito além disso.
Separei a seguir alguns pontos para mostrar para quê serve, afinal, a Educação Financeira para crianças. Tenho certeza de que seus olhos de mãe e pai brilharão!
Nossas crianças aprendem a gastar melhor: um dos pilares da educação financeira afirma que saber gastar é um dos aprendizados mais relevantes de todo o processo, afinal, se não soubermos gastar, não haverá dinheiro suficiente no mundo para satisfazer nossos desejos. Sem saber controlar os gastos, não adianta aumentar os ganhos. O dinheiro é um bem finito e é preciso saber gastá-lo com sabedoria.
Nossas crianças descobrem a economizar: economizar significa reduzir ou eliminar gastos. Ao termos a companhia das nossas crianças nas compras do supermercado, por exemplo, podemos mostrar-lhes há opções de valores diferentes para os mesmos produtos que queremos ou costumamos consumir.
E então podemos começar a ensinar a criança sobre a arte de fazer escolhas: vale a pena pagar mais pelo produto A sendo que o B oferece as mesmas características? As diferenças de preço entre esses produtos justificam a escolha? É possível optar por outro produto e com isso, economizar?
Nossas crianças entendem a importância de poupar: poupar é quando acumulamos valores para a realização de um desejo futuro. Nós economizamos fazendo trocas inteligentes (ou mesmo eliminamos alguns gastos desnecessários) e com o dinheiro economizados, começamos uma poupança.
Essa poupança precisa ter um nome. Será o brinquedo fora de hora, o lanche com os amigos no shopping ou para comprar as flores que a mamãe gosta no dia das mães? Ter um objetivo definido é importante para que o esforço de economizar se justifique.
Nossas crianças percebem que é preciso multiplicar: economizar e poupar é importante, mas não o suficiente. O que garantirá uma vida financeira mais farta e equilibrada são os investimentos. Multiplicar nosso dinheiro deve ser a continuidade natural do processo da poupança. Juros compostos e pensamento de longo prazo são capazes de viabilizar sonhos e antecipar a liberdade financeira de quem aposta neles.
Warren Buffett, um dos maiores investidores do mundo atual, comprou suas primeiras ações com apenas 10 anos de idade. Por que não seguirmos alguns dos exemplos de quem conquistou grandes quantias com essa estratégia?
Nossas crianças são estimuladas a ganhar mais: a mesada é um dinheiro miúdo que, propositalmente, não garante arroubos de consumo. É então que a criança entende que será preciso pensar em outras forma de conseguir recursos para realizar o que deseja.
Nossas crianças aprendem sobre Consumo Consciente: os famosos 5Rs já fazem parte da vida da geração Alpha (crianças nascidas a partir de 2010) e esse tema é frequentemente abordado nas salas de aula.
Repensar: repensar sobre nosso consumo é o primeiro passo. Eu preciso mesmo disso? Minha compra está sendo motivada por necessidade ou desejo? Há necessidade de adquirir mais um item?
Reduzir: refere-se ao consumismo, quando compramos coisas por desejos vazios, e não por necessidade. Reduzir significa não só a preferir qualidade em detrimento à quantidade, como também a economizar recursos naturais (não deixar a torneira pingando ou as luzes acesas desnecessariamente).
Recusar: não é porque podemos comprar, que devemos comprar. Também podemos recusar quando optamos por não comprar de empresas e estabelecimentos descomprometidos com o cuidado com o meio ambiente.
Reutilizar: hora da criatividade! É possível utilizar novamente alguns objetos e até embalagens que seriam descartados. Nosso planeta precisa de ajuda para preservar seus recursos naturais e fabris.
Reciclar: trata-se de reaproveitar um produto para que ele se torne matéria prima de outro. É assim que reduzimos o lixo gerado e preservamos recursos naturais.
Nossas crianças descobrem a importância de doar: nós sabemos que na realidade, as famílias têm condições financeiras diferentes entre si, mas nem sempre nossos filhos percebem essa diferença. Nosso papel como mães e pais é mostrar-lhes que somos privilegiados e que podemos usar essas condições favoráveis para fazer bem ao próximo.
Educação Financeira Infantil não é mesmo apaixonante?
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