

N Não deve ser nenhuma novidade para você que, quando estamos acompanhados dos nossos filhos, gastamos mais mesmo. É um chocolate aqui, um brinquedo baratinho que estava no caixa ali… Mas mesmo sabendo que extrapolamos um pouquinho nessas ocasiões, as estatísticas surpreendem.
Sete em cada 10 pais admite que gasta mais quando está na companhia das crianças e quase 9 em cada 10 afirma ser influenciado pelos filhos na hora das compras.
Um dos pilares do meu canal é a educacao financeira infantil na prática e as saídas com os nossos filhos para o comércio são a ocasião perfeita para isso. Eu sei que sair com filhos dá trabalho. Eu sei que eles demandam atenção, que ele pedem coisas (principalmente quando são mais novinhos), mas é justamente essa a nossa chance de ensinar o valor do dinheiro, mostrar como analisar quanto as coisas custam, descobrir se o item é caro ou barato para a nossa realidade financeira familiar, se o item é supérfluo ou necessário, se a promoção vale a pena.
Mas o que costuma acontecer com frequência é que nós, pais e mães de coração mole ou pais e mães sempre correndo contra o relógio, fazemos o quê? Cedemos aos pedidos dos nossos pequenos, compramos por itens dos quais não precisamos, gastamos um dinheiro que poderia estar comprometido para outra finalidade e perdemos a chance de ensinar sobre prioridades e planejamento de compra.
Se você vai sair para o comércio e vai levar seu filh@ junto, faça combinados. Antecipe algumas situações que podem acontecer (guloseimas, brinquedos…) e estipule limites para o passeio. Grande chances de você precisar relembrar sobre as regras no meio da loja, mas pense que cumprir o orçamento planejado é uma habilidade financeira aprendida, que leva mesmo algum tempo. Atire a primeira pedra o adulto que nunca gastou a mais mesmo estando comprometido com um orçamento prévio antes de sair de casa. O importante é persistir e começar a educar sobre finanças desde cedo.
Um beijo e vejo você no próximo conteúdo sobre educacao financeira infantil. Até mais!
Hoje tenho uma curiosidade para contar sobre o papel moeda, que é como chamamos as cédulas de dinheiro e moedas em circulação.
O seu fim tem sido discutido em vários países; a Suécia estuda acabar com o dinheiro de papel até 2030. Na China, 80% das movimentações já eram eletrônicas em 2016 e o país asiático também estuda acabar com o papel-moeda em breve. O mesmo acontece com a Noruega, onde apenas 4% das transações ainda são com dinheiro.
Mas esse tipo de discussão não é exclusividade de outros países. Já há no Brasil, um projeto de lei na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados que propõe a extinção de “produção, circulação e uso do dinheiro em espécie, e determina que as transações financeiras se realizem apenas através do sistema digital”.
E o que isso tem a ver com a educação financeira dos nossos filh@s? Tudo, porque eles usarão, na vida adulta, com quase que exclusividade, o cartão de crédito.
Nossos filh@s precisarão aprender o que muito adulto ainda não sabe: a gerenciar um limite de crédito e a administrar eventuais compras parceladas. E ainda é preciso desenvolver o controle dos impulsos de compra, que quando não há, permite que o desejo fale mais alto na hora de adquirir um produto ou serviço (leia-se porta de entrada para o endividamento crônico).
A melhor forma de ajudarmos nossos filh@s a entenderem como o cartão de crédito funciona é tendo um bom relacionamento com essa ferramenta.
Enquanto nossos filh@s são crianças, vamos mostrando que o cartão de crédito não é um plástico mágico gerador de dinheiro; seu uso tem um objetivo e a falta de pagamento, consequências. Explique de onde o dinheiro vem e apresente a fatura para a criança, mas tenha calma: detalhamentos sobre como funciona o limite só após os 12 anos.
Um beijo e vejo você no próximo conteúdo sobre educação financeira infantil.
#comoenriquecerseufilho por Carol Stange.